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INFINITIVO



Infinitivo  

Porque me lembra o infinito 

Serge Huot 

Curadoria  

Ana Luísa Lima 

 

O trabalho do artista francês, Serge Huot, em exposição na Usina Cultural Energisa em Joao Pessoa, nos convida a interagir com as suas ideias, entrando em um mundo de conversações, expirações e diagramações próprias do artista.  A vida em sociedade esquadrinhada, congelada em monólogos e diálogos vivenciados entre povos em uma discussão póstuma, é marcada em silhuetas coloridas, formando uma crônica discursiva sobre o lugar de cada ser no espaço.  São itaquatiaras grafadas e organizadas em cruzeiros, onde se abrem conversações filosóficas sobre a própria existência.  


A vida em cavernas deixa marcas impressas, são reuniões, danças e brincadeiras interativas sem que se perca a identidade. A subjetividade das cores aglutina os seres, ao tempo que os distinguem, os aproximam, formando uma hierarquia de fala.  





A instalação da série infinitivo (pirâmide amarela), formada por ladrilhos estruturais, cria uma sensação de expansão, partindo de um ponto tridimensional em que se sociabiliza a partir do cume as energias captadas, tal qual ondas cósmicas dilatadas e grafadas em um mapa do tempo; a gradação de cinzas demarca o espaço ao longo da existência transformando em uma carta a posteriores.





Um imenso quebra cabeça é formado por um mosaico estrutural que convida a assistência a remontar um grande mapa criptografado, na tentativa de descobrir a mensagem oculta. Essa é uma brincadeira que mexe com nosso cognitivo, nos levando a decifrar os nossos próprios espaços e ocupações. 

 




No ato da visita, deparei-me com uma roda de conversa com o artista e a curadora Ana Luísa Lima. Na oportunidade pudemos ter acesso a intenção do artista ao realizar a obra. Serge Huot falou sobre multiverso existencial, como pontos de energia que fecundam o espaço, transformando-o num grande berçário cósmico interior.  

A visão dicotômica do mundo, aquisição do conhecimento, seja na academia ou na experiência vivenciada é o resultado do seu trabalho e da sua expressão; o Brasil está representado nas cores e nos materiais.   

Ana Lima, apresentou o artista e falou sobre suas vivências como profissional que estuda as artes e da importância de exposições como essa para o desenvolvimento cultural e artístico em nossa região; frisou a necessidade de instigar a sociedade local a visitar os museus em nossa cidade, o que é feito de forma expositiva quando em visita turísticas, fora da região. 

 

A mostra está aberta para visitação até o dia 09 de março de 2024, na Usina Energisa em João Pessoa.  

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