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Natureza Integral: A Obra como Mundo

Banner - Silvio Feitosa

A Usina Cultural Energisa, dentro de seu programa de ocupação, apresenta a mostra de artes visuais Natureza Integral: A Obra como Mundo, com curadoria de Serge Huot. O vernissage ocorreu nesta terça-feira (02) e contou com um público que se encantou com a apresentação de instalações, pinturas e objetos que se comunicam entre si, propondo a reflexão sobre a necessidade de combater a poluição subjetiva da natureza — muitas vezes negligenciada frente à despoluição objetiva. 


Serge Huot - Curador da mostra

Toda a experiência foi inspirada no Manifesto de Monte Negro, redigido por Pierre Restany em 1978, em plena floresta amazônica. O curador propõe uma relação sensível entre os artistas, as obras, o público e o território, purificando o mundo do ser, do sentir e do escutar. A arte torna-se, assim, um campo de oxigenação mental. 

Ao participar da abertura, pude perceber o cuidado com a organização da mostra, que integrou, de forma eficiente, os trabalhos dos artistas selecionados, conferindo-lhes coesão e uma leitura fluida. As obras funcionaram como um grande pulsar: os desenhos da artista Ianah circundam todo o espaço, lançando sementes ao solo e culminando num grande cesto de bolotas fecundas, prontas para serem levadas pelo público. 


Ianah - artista

A artista Leonelas, por meio da obra Oráculo Serpentina, apresenta um elemento cênico central — uma cadeira onde repousam almofadas carregadas de imagens afetivas. Frases serpenteiam pela instalação, convidando o público a ouvir-se, como em um confessor, onde nós mesmos somos o nosso próprio confessionário. 

A mostra também incorpora, com a obra do artista Everton David, a integração entre o meio rural e o urbano. Ele utiliza a metáfora da plantação orgânica e da edificação como arte humana, evidenciando o rito de passagem do homem do campo ao homem da cidade. 


Giulia - artista

A artista Giulia criou uma tenda onde emoções plantadas em terreno fértil expandem-se em folhas, levadas por um tornado além da imaginação. O ambiente é inundado pelo som do artista Gercino, que emerge de um grande casulo gestacional e reverbera pelo espaço a musicalidade sensível de sua obra. A experiência se encerra com a projeção de imagens naturais coletadas pelo artista, projetadas em forma circular — tal qual um quasar emitindo ondas de rádio ao espaço, como se fossem mensagens de uma nave sobrevivente. 

A mostra impressiona por sua sensibilidade e proposta conceitual. É um momento único, só plenamente percebido por quem se dispõe a visitá-la. Parabéns aos artistas, ao curador e ao espaço Usina Cultural pela oportunidade dessa vivência enriquecedora. 

Sílvio Feitosa  João Pessoa – PB 

 

Natureza Integral: A Obra como Mundo 

Curadoria: Serge Huot 

Artistas 

Ianah 

Heverton David 

Leonelas 

Gersino 

Giulia Assis 

Usina Cultural Energisa  02/07/2025 

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Sílvio Feitosa

Arte de Sílvio Feitosa Exposta no Celeiro Espaço Criativo em João Pessoa PB

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